Em um ano repleto de blockbusters, chegou a vez de curtir Star Trek: Sem Fronteiras, e antes que você termine de ler esta resenha, já antecipo que a espera foi recompensada. Provavelmente, dentre as opções que estrearam até agora: Batman vs Superman, Capitão América: Guerra Civil, X-Men: Apocalipse, Independence Day: O Ressurgimento, Caça Fantasmas e Esquadrão Suicida, esta terceira parte da saga especial capitaneada por Kirk e Spock, tenha elementos de sobra para ser destaque.
Claro, quando J.J. Abrams anunciou que cuidaria apenas da produção, deixando a direção a cargo de Justin Lin – de Velozes e Furiosos 4, 5 e 6 –, a comunidade nerd foi acometida no mínimo por uma síncope. Como assim? O ‘cara’ responsável por dar um reboot em Star Trek, conquistando não apenas fãs antigos, mas também, angariando novos entusiastas ao universo trekker, estava destinando o comando a um mero diretor de filmes de ação? É válido dizer que Abrams também foi o cara encarregado de manter vivas as franquias de Missão Impossível e Star Wars.
É preciso dizer que Abrams é um cara que entende dos ‘paranauês’, pois percebeu que Lin, com os capítulos 5 e 6 de V&F, levou a saga automobilística a um novo patamar, e Star Trek: Sem Fronteiras precisava exatamente disso, um sabor de novidade, e conseguiu; é preciso dizer também que as sequências de ataque no espaço são espetaculares, corroborando tudo que lhes digo.
Todas estas preocupações em relação ao novo diretor, felizmente mostraram-se infundadas, Sem Fronteiras é foda para c*r*lhoooooo, até o corretor do meu celular, que insistia em mostrar nas prévias de texto apenas ‘Star Wars’, agora coloca ‘Star Trek’ entre as opções.
Toda a ação é canalizada para distribuir as emoções de um roteiro bem amarrado, incluindo ótimas piadas para quebrar a tensão, graças a um roteiro escrito em duas mãos, por Doug Jung e Simon Pegg, este também atua na franquia, fazendo o engraçadíssimo engenheiro Montgomery ‘Scotty’ Scott .
Em relação à sinopse, desta vez, o capitão James T. Kirk (Chris Pine) não se envolve em ‘tretas’ morais com seu parceiro ‘certinho’, o orelhudo comandante Spock (Zachary Quinto). Agora é a hora de temer um alienígena recalcado que quer poder e vingança a qualquer custo.
A direção de arte e os efeitos especiais beiram a perfeição. É tudo muito bonito, crível e funcional. O 3D funciona muito bem em algumas cenas e a sensação de profundidade é muito bem explorada.
Outro ponto forte da produção é a escolha do elenco. Com personagens carismáticos e bem construídos, além de Chris Pine, Zachary Quinto e Simon Pegg, já citados acima, temos também como destaques: Karl Urban (Doctor ‘Bones’ McCoy), Zoe Saldana (tenente Uhura), Anton Yelchin (Chekov), Idris Elba (Krall) e Sofia Boutella no papel de Jaylah, uma das melhores alienígenas de todos os tempos, sendo uma escolha muito feliz em todos os aspectos.
Star Trek: Sem Fronteiras não é perfeito, a meiuca tem um pequeno defeito, ao apresentar o drama da história, perde-se velocidade, fica meio chatinho, mas quando a história retoma ao ponto que importa, engrena novamente e vai muito bem até o fim. Pena que não posso falar da trilha sonora, pois daria um spoiler gigante. E como vocês sabem, sou anti-spoiler e blá, blá, blá.
Acho que Abrams chegou para o Justin Li e disse: vai lá e faça um filme f***! E não é que o cara conseguiu? O terceiro desta jornada espacial mantém com grandes honras tudo o que foi criado para a saga.
Tomando como exemplo outra referência pop espacial cinematográfica, Star Trek: Sem Fronteiras também pode ir ao infinito e além, como legado e também nas bilheterias.
Totalmente Na Rota, merece nota 7.7. Assista logo! 🙂
P.S.1: Ah, é preciso dizer que tem uma cena bem legal envolvendo o personagem Sulu (John Cho), em nome do respeito ao amor, uma intervenção poética, politicamente correta e necessária.
P.S.2: Leonard Nimoy, o eterno Spock, falecido em 2015, e Anton Yelchin (oficial Chekov) que faleceu de uma forma ridícula neste ano, são lembrados ao final do filme.
Trailer
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