Quem olha pelo título do texto pode até surpreender-se e pensar que se trata de alguma coisa relacionada à religião ou algo assim. Ledo engano, senhores! O que vou falar aqui vai ser uma resenha sucinta do que vai rolar nos dias 17 a 19 de junho em Clisson, França. Neste final de semana será realizada a 11° edição do Hellfest, evento que conta com mais de 160 bandas divididas em seis palcos dentro do complexo de esportes de Val de Moine, em Clisson, aproximadamente a 35 km a sudeste de Nantes, lugar mais próximo e conhecido onde muitas pessoas hospedam-se por ser mais próxima do festival, e a 400 km de Paris.
Apesar do nome que o festival leva, é anunciado como um festival de música extrema em que pessoas das mais diversas tribos do rock se encontram pra curtir seu som, os quais estão divididos em seis palcos: Main Stage e o Main Stage 2, onde rolam as principais atrações mainstream de Hard Rock, Thrash Metal e rock em geral; o Temple Stage, voltada para o Doom, Pagan e Black Metal; o Altar Stage, com bandas de Death Metal e Grindcore; o Valley Stage, reunindo bandas de Sludge e Stoner Metal e o Warzone Stage pra quem é chegado num som mais voltado para o Hardcore e o Punk. Sendo um festival mais novo, a cada ano o Hellfest se supera tanto pelas atrações quanto pelo número de palcos, totalizando seis, superior a festivais mais antigos como Copen Hell, Download e Sweden Rock, mas perdendo apenas para o Wacken Open Air com oito palcos, tornando-se referência, num curto espaço de tempo, entre quantidade e qualidade.
Além disso, ao longo desses 11 anos o festival conseguiu reunir nomes como Iron Maiden, Slater, Def Leppard, Black Sabbath, Aerosmith, Megadeth, Anthrax, Scorpions, Kiss, ZZ Top, Depp Purple, Judas Priest, Korn, Slipknot e tantos outros nomes tanto antigos quanto recentes do cenário rock. Ressaltando que essas bandas também costumam repetir-se a cada dois ou três anos, dependendo do mais recente trabalho lançado, o que ajuda na relação público/banda, já que isso costuma a se repetir até no Brasil em festivais como o Monsters of Rock e o Rock in Rio, por exemplo.
Na parte alimentícia, o festival possui diversas opções de comida como a tailandesa, argentina, cubana, italiana, alemã, americana e, sem dúvida, a culinária francesa fazem parte do seleto menu de pratos que compõem o cardápio do evento. Segundo relatos colhidos no site festivalando, a media de um prato no Hellfest custa, em média, 8 euros, bastante salgado para os padrões mundiais de um show, porém os pratos costumam vir bem fartos e requintados, o que compensa na hora de se fazer uma boa refeição, inclusive o festival possui barracas que vendem comida vegana para os adeptos do veganismo. Há também opções de salgados e biscoitos pra que quer economizar um pouco e as mesmas opções de bebidas como água, cerveja e refrigerantes, incluindo uma barraca especializada em sucos naturais e orgânicos ( isso mesmo que você leu!), acrescentadas de bebidas locais feitas pelos agricultores da região como vinhos e cervejas, sendo que os preços, em 2015, variavam entre 2 a 5 euros.
Outro ponto que deve ser levado em consideração é que situações que ocorrem aqui no Brasil como a bagunça para se pegar um transporte nos arredores do local ou a qualidade dos banheiros e bebedouros dentro do festival costuma ter seus pontos críticos na França também. Ou seja, quem estiver lendo esta resenha, não precisa se preocupar quando você estiver num festival por aqui como o Lollapalooza ou Rock In Rio, porque no Hellfest acontece as mesmas situações que por aqui ocorrem. Ano passado passaram pelo festival aproximadamente 140 mil pessoas nos três dias, numa média de 45 mil pessoas por dia de evento. A estimativa pra esse, é que o festival francês reúna mais de 150 mil pessoas nos dias 17 a 19 de junho. No entanto, pra se ter uma ideia, o Wacken ainda lidera no quesito de público, com 85 mil pessoas em cada dia de evento, o que totalizada mais de 200 mil pessoas nos três dias de evento.
Enfim, minha opinião é: quem tem grana e souber se planejar com bastante antecedência , tipo com um ano ou uns 9 meses, já que o line das bandas sai com mais de 6 meses de antecedência, vale a pena se arriscar num festival desses e ser feliz em três dias de muito barulho infernal em Clisson. Acho que não tem preço algum (desculpe pelo trocadilho, pois tem preço sim) conhecer uma cidade nova, uma nova cultura e fazer amizades com pessoas de todos os cantos do mundo. De acordo com os cálculos feitos pelo site festivalando, uma viagem saindo do Brasil para Clisson, num planejamento mais simples possível, sairá por quase R$ 4000,00. É caro? Claro que sim! Mas compensa bastante num festival que você verá Slayer, Megadeth e Black Sabbath no mesmo dia e no mesmo palco consecutivamente. Além de assistir a outras bandas e cantores que, devido ao seu valor alto, não virão ao Brasil, como é o caso do King Diamond e Abbath, por exemplo. Bem, eu vou ficando por aqui e espero, por meio dessa minha resenha objetiva, que você aproveite, caso esteja lá ou não, e, quem sabe no futuro, se preparar pra um festival desse ou de mesmo porte como o Wacken Open Air ou o Sweden Rock.
Minhas principais fontes foram tiradas do http://festivalando.com.br/ e do http://www.hellfest.fr/. Até agora não sei de nenhum canal de streaming que fará as transmissões dos shows, mas sempre de última hora acaba rolando uma transmissão via streaming. A título de curiosidade, o fuso horário entre Brasil e França é de 5 horas. Então, o primeiro show começa por volta 05:30, horário de Brasília e 10:30, horário francês. Enquanto que o último show do dia começará às 19:50, horário de Brasília e 00:50, horário francês. Abaixo, segue o teaser do festival e o line up do evento.
Teaser oficial
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Lineu up do Hellfest (será que ta ruim?)
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