A cidade de Brasília, foi a primeira perna dos seis shows da turnê do The Winery Dogs pelo país. Em relação a números, podemos dizer que apresentação foi econômica, foram 15 canções — repertório padrão para a turnê mundial —, duração aproximada de 1h40 e público estimado de 800 pessoas. Bem, os números neste caso não dizem nada, qualquer superlativo utilizado para elogiar a performance do grupo será bem empregado.
O The Winery Dogs não era da minhas bandas preferidas, bem, não era, o fator banda no palco concatenou alguma das minhas preferências no mundo rock, tais como: o poder de um power trio e a exuberância de supergrupos. Fiquei surpreso com a usina de sons executados em maestria por Richie Kotzen (vocal e guitarra), Billy Sheehan (baixo) e Mike Portnoy (bateria). Ao vivo, a simplicidade é potencializada pelo virtuosismo e simpatia do trio, além da bela iluminação, literalmente de encher os olhos.
A faixa “Oblivion”, que abre o novo disco do grupo, também inaugura a apresentação, e após três músicas, Richie Kotzen, saúda a plateia e anuncia a canção “Hot Streak”, que dá título ao álbum. Antes da sexta, “Time Machine”, seria a vez do baterista Mike Portnoy interagir: ‘é muito bom estar neste maravilhoso país, meu primeiro show no Brasil com o The Winery Dogs‘.
Em “Fire”, a oitava do repertório, Richie Kotzen, brinca com alguém da plateia que pede sua camiseta, e faz uma bela apresentação solo no violão, para em seguida — desta vez com a banda — assumir os teclados para tocar “Think it Over”. O solo de Kotzen abriu caminho para que antes, durante e depois da execução de “The Other Side”, os músicos demonstrassem toda a habilidade e técnica adquirida em todos estes anos de experiência no mundo da música, com destaque para a brincadeira de Portnoy, deixando a bateria e partindo para batucar nos locais mais improváveis por todo o palco.
Após três canções, o set chega ao fim; no retorno da banda para o BIS, Kotzen, bem humorado, solicita a um fã que ‘deixe de pedir roupas, sapatos ou qualquer outra coisa, concentre-se apenas na música‘, daí, assume mais uma vez o teclado e o grupo executa a bela “Regret”, em seguida, temos “Desire”, a derradeira da noite, significando um belo fim para um ótimo espetáculo de rock n’ roll.
O segundo álbum ‘Hot Streak‘, foi questionado por ser muito ‘festivo’ e não ter a qualidade do primeiro, o homônimo ‘The Winery Dogs‘; a bem da verdade, ao vivo, o disco funcionou muito bem, das 15 canções do repertório, as oito executadas “Oblivion”, “Captain Love”, “Hot Streak”, “How Long”, “Empire”, “Fire”, “Think it Over” e “Ghost Town” se saíram muito bem. De agora em diante, ouvirei ‘Hot Streak‘, com outras referências.
Em relação a casa, chamada Congress Hall, gostei muito do espaço, pena ser tãããããooo longe; no tocante ao público, decepcionou por reagir de forma apática em alguns momentos; e foi uma pena os rockers da cidade não terem comparecido em peso para prestigiar. Seria merecido, fiquem sabendo que perderam um show espetacular!
Gostaria de agradecer a Heloísa Vidal e Simone Blanche da Free Pass, por terem viabilizado a cobertura e o sorteio de ingressos para os shows. Em relação aos sorteios, você de São Paulo, Curitiba e Londrina ainda tem chance de concorrer, clique aqui e boa sorte!
Todas as fotos da cobertura foram clicadas por celular.
REPERTÓRIO E MAIS ALGUMAS FOTOS:
Oblivion
Captain Love
We Are One
Hot Streak
How Long
Time Machine
Empire
Fire
Think it Over
The Other Side
Ghost Town
I’m No Angel
Elevate
BIS:
Regret
Desire
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