A primeira edição 2016 do festival Rock Sem Fronteiras foi realizada com ótimas surpresas e algumas decepções. Em relação às surpresas, posso listar a estrutura aconchegante, som de qualidade e os shows vigorosos. No tocante as decepções: 1) o público que não compareceu em peso a um evento de qualidade, e 2) O DJ — por ter sido contratado, deve ser ótimo profissional — que não entendia bulhufas das preferências de uma plateia roqueira. Estava nítido na cara de todos, o quanto estava chato e frustrante aguentar música eletrônica de vertentes do tipo fucking drum house whatever bass entre uma banda e outra.

A Darshan foi a primeira banda a subir no palco e fez um show inspirado, desfilando canções conhecidas, bem como a versão single alternativa de “Passos Falsos” e a nova música, que segundo o guitarrista Thuyan, um dos compositores da faixa, tem o nome provisório de “Morte”.

Não é à toa que ao perguntamos para os roqueiros da cidade, sobre bandas preferidas da cena, a Darshan esteja sempre entre as citadas, uma pena que tenha sido a banda de abertura, merecia mais público.

Repertório Darshan:

– Substância
– Retalhos
– Belos Vícios
– Passos Falsos
– Morte (título provisório)
– O Rejeito
– Descontrole

 Camarones Orquestra Guitarrística fez um puta show! Preciso assumir que dentre as quatro atrações, era a única que nunca havia visto ao vivo e tive ótima impressão. Bem ensaiada e com instrumental virtuoso, a COG no papel de primeira representante da noite do rock potiguar mandou muito bem.

A galera de Brasília adorou a presença de palco da baixista Ana Morena, que ainda arrumou tempo para fazer uma de suas ‘belas’ danças durante a apresentação dos conterrâneos do Far From Alaska, ah, Rafael Brasil, guitarrista FFA participou do show do COG em duas canções.

Repertório Camarones Orquestra Guitarrística:

– Roque de Roqueiro
– Silêncio Barulho à Vista
– Apocalipso
– Terror em Bursaco
– Corra Batman *
– Alabama Mama *
– Cat Friend
– Ted Sabatina
– Charme Shermont
– Bronx
– Caça ao Lobisomem

* Participação do guitarrista Rafael Brasil do Far From Alaska.

 A Alarmes é uma das novas queridinhas do rock candango, inclusive, já tem uma fanbase considerável que prestigiou o Rock Sem Fronteiras e acabou fazendo bonito, se posicionaram no gargarejo e cantaram todas as faixas do álbum “Em Branco”, recém lançado. Muito legal o fato da Alarmes ter no palco uma intérprete de sinais.

Repertório Alarmes:

O que falar da Far From Alaska? Às vezes é desnecessário rasgar elogios, pois a banda convidada para encerrar a primeira noite do RSF já é velha conhecida do público de Brasília. Fez bonito todas as vezes que se apresentaram por aqui, seja em pubs, festas ou no festival Porão do Rock.

A vocalista Emmily Barreto retribuiu todo o carinho, agradecendo a todo instante a presença e a interação do público que tinha todas as canções na ponta da língua. Como dissemos acima, ainda rolou uma participação da baixista Ana Morena, da Camarones Orquestra Guitarrística, com uma dancinha sexy e necessária.

Repertório Far From Alaska:

– Thievery
– Another Around
– Deadman Politiks
– Rolling Dice
– Rainbows Communication
– About Knieves
– Dino vs Dino
– Monechrome

Formada em 2012, a banda potiguar acaba de lançar o single “Chills”, que você poderá ouvir abaixo, comprar nas lojas digitais ou ouvir na plataformas oficiais de streaming.