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Dia 1/7, Centro de Convenções, os músicos Humberto Gessinger e Duca Leindecker mais uma vez deram espetáculo com seu Pouca Vogal, a menor banda do rock gaúcho, como eles mesmos gostam de se apresentar.
OBS: No final do post galeria de fotos divididas em Pouca Vogal, Humberto, Duca e Maltz + setlist completo.
Brasília está se especializando na máxima “público pequeno e show grandioso”. As opiniões acerca do tema sempre voltam para o mesmo lugar comum: ingressos caros. Infelizmente a entrada é cara porque nós carecemos de bons espaços, por exemplo, o Pearl Jam acaba de cancelar a apresentação que faria aqui em novembro porque não temos um estádio. Organizar shows no Centro de Convenções por natureza já é um desafio, só o aluguel do espaço beira um valor astronômico, fora os outros custos. Eu particularmente considero que seria uma pena fazer uma apresentação do Pouca Vogal em um local sem qualidade técnica. Talvez ingressos com um preço um pouco menor, possibilitasse a todos (público e produção) ganhar no volume e não no unitário. Mas esta já seria uma discussão sobre o capitalismo e sua ganância, então, vamos nos concentrar no tema cultura.
Uma discussão recorrente em apresentações que envolvem o “alemão” Humberto Gessinger, gira em torno da sua incapacidade de receber muitos fãs no camarim. Bem, meu ponto de vista é o seguinte, quanto mais velho, mas sem paciência ficamos. O “cara” que faz isso há 25 anos, não dá mais para receber filas de fãs. A forma que ele encontra para recompensar quem o idolatra está nos shows. O cuidado que Gessinger dedica as apresentações está próximo da perfeição. Setlists diferentes para cada cidade, rearranjo de canções, cenografia cuidadosa e um som de P.A. com qualidade de CD. Obviamente ele não faz só, comanda e conta com um excelente staff de técnicos.
Algumas pessoas que me disseram que não iriam ao show porque seria igual ao apresentado na Expotchê do ano passado, eu ainda avisei que seria bom ir, pois este seria diferente. Além de distinto foi muito melhor! Se não foi #MorradeInveja.
Podemos também elogiar a estrutura idealizada pela Confrarya Entretenimento, produtora do evento. Cuidadosa, inclusive instalou dois telões, equipamentos que dificilmente são contemplados em eventos de outras produtoras no Centro de Convenções.
Na show de abertura Carlos Maltz, os fãs tiveram uma canja do ex-parceiro de Gessinger, o baterista e fundador dos Engenheiros. No repertório, músicas como “Depois de Nós”, “O Castelo dos Destinos Cruzados” e “Farinha do Mesmo Saco” com direito a incidental “Segurança”, foram apresentadas para os fãs após uma luta incessante de Maltz contra problemas no som, que insistiam em aparecer sem dó nem piedade. No bis do Pouca Vogal ele estaria de volta para alegria dos admiradores.
Chegou a vez do Pouca Vogal, que por mais ou menos duas horas, desfilou os hits instantâneos da dupla, mais sucessos das suas bandas de origem (engenheiros & cidadão). Humberto era simpatia e trejeitos capilares, enquanto Duca serenidade e concentração. A dupla é a perfeita representação da filosofia Yin-yang, e cada um faz esse papel conforme a necessidade.
É a segunda vez que vejo um show desses gaúchos e mais uma vez fiquei estupefato com o virtuoso e encorpado som, produzido apenas por dois indivíduos. Arranjos conduzidos com maestria, em que Gessinger toca violão, viola caipira, dobro, harmônica, piano e um teclado com os pés e Leindecker, guitarra, violões, bombo legüero e um instrumento de percussão característico do sul. Haja fôlego e coordenação motora. Incrível!
Então, delírio da plateia, música de qualidade, apresentação teatral, ineditismos como em “Piano Bar” – o motorista do taxi que o levou desta vez foi o Renato Russo –, e clichês aplaudidos como se fossem inéditos – “Terra de Gigantes” trocando ilha por Brasília –, são alguns dos segredos que fazem desse show um evento recomendadíssimo e imperdível!
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Galeria de Fotos:
Os números em baixo de cada galeria, significam páginas com mais fotos. Créditos: Cristiano Porfírio
POUCA VOGAL:
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HUMBERTO:
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DUCA:
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MALTZ:
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Setlist:
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