Milla Jovovich: “No final, se deve ou não acreditar, você decide.”
A competência principal para filmes do gênero de horror, ficção ou suspense é criar elementos que mantenham a história crível e o telespectador com uma pulga atrás da orelha. O filme Contatos do 4º Grau, dirigido por Olatunde Osunsanmi e estrelado pela bela Milla Jovovich narra “possíveis” abduções por extraterrestres na cidade de Nome no Alasca nos últimos 40 anos.
Seres do espaço fazem parte do subconsciente de várias pessoas ao redor do globo, gerando questionamentos sobre sua existência, e em caso positivo se seriam dóceis ou hostis? Graças a tantas perguntas, Hollywood se aproveita destas para despejar nos cinemas produções sobre o tema, que quase sempre vão bem nas bilheterias, por exemplo o clássico E.T. – O Extraterrestre de Steven Spielberg para o caso dos aliens “good guys” ou Independence Day de Roland Emmerich para o caso dos “bad guys”, ambos grandes sucessos.
Olatunde ao escrever o roteiro que gira em torno da psicóloga Ashley Tyler (Milla Jovovich), transtornada pela morte do marido, somando-se isso as sessões “nervosas” de seus pacientes que mostram-se cada vez mais amedrontados e angustiados, alinhavou de forma interessante uma história que tem a pretensão de se confundir com a realidade, angustiando a platéia até o clímax que trata do confronto com os alienígenas.
A edição é um dos trunfos de Contatos do 4º Grau, em que as histórias contadas como a verdade e filmadas com câmeras convencionais, são exibidas simultaneamente ao lado das elaboradas tomadas com os atores que “estariam” reconstituindo os acontecimentos. É uma ótima jogada que prende ainda mais a atenção do espectador.
As confusões em que Ashley Tyler (Milla Jovovich) se “mete”, envolvem diretamente o amigo “incrédulo” de profissão Abel Campos, vivido por Elias Koteas e o Xerife “terrivelmente mais incrédulo ainda” August interpretado por Will Patton. Aqui, Milla Jovovich diferente de outras produções não “chuta bundas” e sim, tem que tomar cuidado para que não chutem a sua.
Não sei se é porque eu não esperava muita coisa da pelicula, então o resultado me agradou demais, não podemos negar que em alguns casos, a expectativa é uma merda e acaba com a diversão. Se você quer fugir da bruxa Xuxa, da dupla Avatar e Avamar e do Sherlock para leitores do século XXI, Contatos do 4º Grau possa lhe agradar em cheio como alternativa.
Uma ressalva: achei que o título forçando a barra para remeter diretamente a outro clássico xenomorfo, o excelente Contatos Imediatos de 3º Grau, de Steven Spielberg, possa imputar à produção um fardo que não possa ser sustentado.
Na rota e com apenas alguns buracos, merece nota 6,8. #ficaadica =)
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