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Porra!!! Caralho!!! Não me leve a mal, não é um xingamento gratuito, leia até o fim e entenderá. =D

O dia esperado finalmente havia chegado, embarcamos eu (@narotadorock), @cele75 e @mynameiswell para Belo Horizonte, finalmente iriamos curtir o show do Faith No More, há 14 anos sem assistir a uma apresentação do grupo que havia encerrado suas atividades em 1998, a expectativa só poderia ser enorme. Como diria Jack, O Estripador: Vamos por partes!

O VÔO:

Resolvemos voar para a cidade de BH via Ocenair, já que a passagem estava mais em “conta”. Supreendentemente a empresa foi pontual, tanto para ir quanto para voltar. Sem percalços na viagem, destaco na ida uma dor de ouvido, em razão da pressão, doía prá caramba e seu eu não fosse um macho convicto, teria gritado feito uma garotinha. Uma das aeromoças no vôo de volta me deu inveja, ela tinha mais bigode do que eu, e como dizem que mulher de bigode nem o diabo pode, preferi ficar longe dela. =D

O AEROPORTO:

2510571g Este livro serve bem para ilustrar o que é desembarcar no aeroporto da cidade de Confins. Realmente é Nos Confins do Mundo, fica a 40 minutos de BH. Caramba!.

Não chegue lá pensando em pegar táxi, os motoristas vão levar sua carteira, pelo menos devem poupar sua vida.

Se o seu mal for fome, quebre o porquinho e leve sua pequena fortuna, porque lá tudo é caríssimo! Saí de Belo Horizonte sem comer o alimento mais famoso e característico de Minas Gerais, deixei para tomar café no referido aeroporto e pasmem, um pequenino pão de queijo custa R$ 4,00. É por causa da fama que custa tão caro?

A HOSPEDAGEM:

Ficamos hospedados em um albergue intitulado “O Sorriso do Lagarto”, não, não era o sorriso do Tião Macalé. A hospedagem é localizada em um lugar calmo com acomodações simples e sem frescura em um espaço funcional. Curti prá caramba, além de ser muito barato. Fica a dica!

O atendente Sérgio comeu dobrado comigo e com o Wellington. Cometeu o erro de dizer que o Atlético MG ia ganhar do Flamengo, o galo acabou depenado por 3×1, então o Serjão teve que aguentar nossas malhações até a manhã da segunda feira. hehehehe

A CIDADE:

Futebol na cidade é coisa de maluco, até as mulheres de lá xingam em razão do esporte, e no meio da rua, ao lado do adversário. A paixão é completamente truculenta, naquelas bandas se cuide, porque se você estiver na situação contrária, no mínimo ganha uns tabefes.

Apaixonei-me por Belo Horizonte, a convivência foi pequena mas extraordinária. É um povo tão hospitaleiro que até um cabeludo tatuado igual a mim merece respeito e atenção, adorei! Dizem que mineiro é um povo desconfiado, se for assim, nestes dois dias os desconfiados estavam de férias. =D

Tive o prazer de conhecer a Praça da Liberdade, reunindo esportistas de final de semana e apaixonados pela cultura em um mesmo espaço. Multidiversidade é a palavra!

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Foto 1

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            Foto 2

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Legenda (Clique nas fotos para melhor resolução):

Foto 1: Fontes na praça da Liberdade.

Foto 2: Prédio escroto que parece um monte de panqueca amontoada.

Foto 3: Essa menina de vermelho num domingo de manhã é a Alice? Aquela do País das Maravilhas? Eu não tive coragem de fotografar de frente. Frouxo!

Belo Horizonte é um lugar de mulheres lindas, shopping sem MacDonalds e com Wi-Fi grátis – importante – e por incrível que pareça, prédios – mais importante ainda – com poucas pichações . Visite BH, uma cidade que respira entre montanhas e composta por ladeiras de dar inveja as da cidade de San Francisco/EUA.

O SHOW:

A apresentação aconteceu na casa de espetáculos Chevrolet Hall, ao contrário do que me disseram, gostei da acústica, pelo menos eu ouvi perfeitamente. O público foi um pouco decepcionante, segundo a mineirinha Renata Almeida (@rebatata): “a galera de Belo Horizonte não lota nenhum show de rock”. Realmente é uma pena, e muito pior do que não encher a casa, é a falta de educação que contrastou com tudo o que vi na cidade. É uma galera que não respeita a individualidade, claro, shows de rock são eventos para liberar o stress, dançar e pular. Mas saber que você está incomodando os outros, em uma “pourralouquice” sem tamanho, continuar e ainda achar que está com a razão, é no mínimo insensatez, concorda?

Outro absurdo foi em relação ao jornal O Estado de Minas, no dia do evento, não publicaram uma linha sequer sobre o Faith No More. Oras bolas, atração internacional na cidade e um jornal de grande circulação deveriam estar alinhados, isto é fato!

A abertura do show ficou a cargo da banda mineira Monno que começou a tocar por volta de 20h e faz um indie rock competente, mas totalmente descabido para estar ali, tocando para um público totalmente diferente da proposta dos caras. Em um momento do show o vocalista da Monno avisou: – Vocês podem conferir nossas músicas no Myspace. Daí o público respondeu: – Tudo bem podem ir embora, a gente escuta no Myspace! Este foi o tom da apresentação que durou em média 40 minutos.

2Por volta das 21h era a vez do filé mignon, Mike Patton (vocal), Billy Gould (baixo), Roddy Bottum (teclados), Mike Bordin (bateria) e Jon Hudson (guitarrista)  sobem ao palco em trajes  de gala, impecáveis e prontos para enlouquecer a galera que os recepcionava. A instrumental “Midnight Cowboy” foi a escolhida para a abertura, seguida de “The Real Thing”, uma grata surpresa, pois esta canção não foi executada em nenhum show da perna brasileira na turnê “The Second Coming”, que se encerrava naquela noite em Belo Horizonte após se apresentarem em Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.

O setlist teve uma faixa do filme Carruagem de Fogo (1981), a trilha sonora Chariots Of Fire do grego Vangelis,  uma do primeiro disco We Care a Lot (1985), três do clássico The Real Thing (1989), cinco de Angel Dust (1992), seis de King for a Day…Fool for a Lifetime (1995) e três do último do trabalho, o Album of the Year (1997), ficando apenas de fora o segundo disco Introduce Yourself (1987). Foram 19 canções executadas em pouco mais de 1h30 de um grandioso espetáculo.

Alguém tem que avisar ao Patton que bossa nova não é legal, apesar de ser engraçado ouvir ele cantar “Ela é Carioca” como música incidental em “Caralho Voador”, já curiosa por sua versão cantada em um portunhol com letra sem vergonha. O vocalista pirou, pulou, fez caretas, tentou engolir o microfone, orquestrou as famosas “olas” como acontecem nos estádios, brincou com a visita da Madonna e disse que com este show finaliza muito bem a turnê pelo país. Outro destaque fica para os efeitos nas canções, a maioria disparada pelo próprio Patton, seja por megafone, microfone e outros barulhinhos em um set instalado perto do microfone do cantor.

Missão cumprida para a banda e para o público. Só nos resta torcer que retornem ao país e de preferência em um curto espaço de tempo. É fato conhecido a admiração que eles sentem pelo Brasil.

Ah! Você quer saber o que é Porra!!! Caralho!!! né? É a saudação de estase e felicidade da banda, que foi plenamente seguida pela platéia! Porra!!! Caralho!!! foi demais! Indescritível!!!

Setlist:
Midnight Cowboy || Álbum Angel Dust (original por John Barry para o filme homônimo)
The Real Thing || Álbum The Real Thing
Land of Sunshine || Álbum Angel Dust
Caffeine || Álbum Angel Dust.
Evidence || Álbum King for a Day…
Surprise! You’re Dead! || Álbum The Real Thing
Last Cup of Sorrow || Álbum Album of the Year
Ricochet || Álbum King for a Day…
Easy || Álbum Angel Dust (original por The Commodores)
Epic || Álbum The Real Thing
Midlife Crisis || Álbum Angel Dust
Caralho Voador (música incidental: Ela é Carioca – Vinicius de Moraes) || Álbum King for a Day…
The Gentle Art of Making Enemies || Álbum King for a Day…
King for a Day || Álbum King for a Day…
Ashes to Ashes || Álbum Album of the Year
Just a Man || Álbum King for a Day…
(BIS)
Chariots Of Fire (Vangelis)
Stripsearch || Álbum Album of the Year
Mark Bowen || Álbum We Care a Lot

Fotos do Show

Just push play (assista no youtube em HD)

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