A produção “Batem À Porta” chega aos cinemas para gestar uma espiral de emoções no espectador. Dirigido, produzido e escrito por M. Night Shyamalan, o filme narra escolhas e desdobramentos que podem levar ao apocalipse.
Nesta nova incursão de Shyamalan em um longa-metragem, precisamente seu 15º filme, o diretor investe em seu gênero preferido: o suspense. Assumidamente fã do mestre Alfred Hitchcock, em toda a carreira, Shyamalan bebe nas fontes do cineasta britânico que se notabilizou por apresentar em tela ótimos diálogos, belas tomadas e cenas perturbadoras.
Em “Batem À Porta”, do início ao fim, é impossível ficar indiferente a uma obra simples e complexa por ser repleta de camadas. O longa-metragem oferece ao espectador uma série de debates baseados em temas como crenças, preconceitos, religiosidade e família. O filme é baseado no livro “O Chalé no Fim do Mundo”, escrito por Paul G. Tremblay, que elogiou a adaptação comandada por Shyamalan.
Além do empolgante roteiro escrito em três mãos – pelo diretor e também por Steve Desmond e Michael Sherman –, é necessário destacar também a parte técnica. A movimentação de câmera de Shyamalan é envolvente; a fotografia por Jarin Blaschke explícita de forma contundente as escolhas para o projeto; a música de Herdís Stefánsdóttir cria exemplarmente a atmosfera claustrofóbica; e não menos importante também é preciso destacar aspectos como a captação de voz e os efeitos especiais.
E os elogios estendem-se também ao cast de atores que é pequeno, mas certeiro. Nomes como Dave Bautista, Jonathan Groff, Ben Aldridge, Rupert Grint, Nikki Amuka-Bird, Abby Quinn e Kristen Cui, interagem de forma ímpar, contribuindo para o sucesso da empreitada. Faz-se necessário abrir um parêntese para falar de quanto Bautista cresceu como ator, digo no quesito atuação e não no tamanho físico, e também de Cui, que menina adorável, carismática e performática!
Comparado à outras produções, “Batem À Porta”, custou a bagatela de 20 milhões de dólares, e provavelmente graças aos elogios que vem recebendo, deve obter lucro e sem dúvidas, Shyamalan merece esse possível sucesso!
Vá ao cinema e desfrute de bons e tensos momentos, pelo menos tem a canção “Boogie Shoes” de KC & The Sunshine Band, para dar um breve alívio.