O mestre cineasta Steven Spielberg arrebata multidões, os extintos dinossauros fascinam multidões e o diretor Juan Antonio Bayona está buscando a sua multidão. Enfim, esse “trio” é o suficiente para assegurar que “Jurassic World: Reino Ameaçado” não sofra qualquer ameaça.

Os dinossauros dominaram o planeta por estimados 135 milhões de anos, então a fatídica extinção chegou e o que conhecemos sobre essas criaturas vem das teorias desenvolvidas a partir de estudos com seus fosseis. Graças a essas teorias, em 1993, o diretor Steven Spielberg teve a feliz ideia de resgatá-los da extinção com o longa-metragem “Jurassic Park“. Criou-se ali uma empolgante aura de imaginação que contagiou o mundo graças a uma aventura sensacional que entrou para a história do cinema, contribuindo inclusive para elevar os efeitos especiais a um novo patamar.

A franquia chega agora ao seu quinto filme, o antecessor “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” (2015) atingiu a impressionante cifra de US$1,671.7 bilhões, alcançando a quarta colocação no ranking de maiores bilheterias de todos os tempos, o que imputa a “Jurassic World: Reino Ameaçado” uma responsabilidade e tanto!

The Indoraptor, Chris Pratt (Owen) e Bryce Dallas Howard (Claire)

Além da excelência no tema dinossauros, “Jurassic World: Reino Ameaçado” tem trunfos importantes para garantir a qualidade, tais como, a produção de Spielberg, a direção de J.A. Bayona, o protagonismo carismático e talentoso dos atores Bryce Dallas Howard (Claire Dearing) e Chris Pratt (Nick Van Owen), e efeitos especiais cada vez mais impressionantes ao recriar essas gigantescas e fabulosas criaturas.

O meu receio em relação ao filme se baseava na escalação de Bayona para a direção. O cineasta construiu sua carreira e reputação graças à inserção de dramas familiares bem direcionados no cerne de produções como “O Orfanato” (2007), “O Impossível” (2012) e “Sete Minutos Depois da Meia-Noite” (2016). Ao revisitar a obra do diretor, percebi que estava completamente errado, porque respectivamente o terror de um, a tragédia do outro e a fantasia do terceiro forjaram a experiência que amarrou as pontas em “Jurassic World: Reino Ameaçado“.

Críticas mais elaboradas irão explorar a divisão dos arcos. Prefiro dizer que distintamente temos um início arrasador, um meio lento e um clímax que até o encerramento será assustador em vários momentos.

Em relação ao roteiro, apesar de ter achado a meiuca arrastada e com alguns defeitos, especialmente no tocante a construção de alguns personagens, apego-me a boas escolhas, como a discussão ética sobre os direitos dos animais, as referências e homenagens aos outros filmes da saga – principalmente ao primeiro –, a ótima sequência na ilha Nublar e a utilização do terror para arrematar com maestria a narrativa.

A história? Tá, sem spoilers, vamos lá! Após graves implicações no parque temático apresentadas no filme anterior, um grupo é convocado para salvar os dinossauros que estão prestes a enfrentar uma segunda extinção, mas como o ser humano não é “gente”, existem outros propósitos nesta ação, desembocando em uma série de complicações. Pronto, é só isso que você precisa saber.

Se você curte dinossauros e principalmente esta franquia, corra logo aos cinemas para curtir “Jurassic World: Reino Ameaçado“, pois haters gonna hate e estes nunca irão se divertir. Vale dizer que este é inferior um pouco inferior ao seu antecessor, mas é um ótimo entretenimento e vale a conferida. Em uma estrada com alguns buracos ainda se mantém na rota, portanto confiro-lhe nota 7.5!

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